Onde nasce a Fortaleza

Na quarta passada, quando contei a minha história sobre a decisão de me tornar uma pessoa mais forte (Dica 1), perguntei quais eram as histórias de vocês. E hoje, quando lia um dos emails, achei muito interessante a reflexão de que parece que a virtude da Fortaleza sempre nasce em meio ao nosso sofrimento.

É uma grande verdade essa, não é?

(E um grande problema também.)

Porque se pensarmos bem, só podemos nos tornar mais fortes quando enfrentamos as… dificuldades. É bem lógico isso. Como alguém que não tem dificuldades poderá se tornar forte?

E o primeiro problema é: quem está realmente disposto a passar pela dor? Não passamos a vida tentando evitar qualquer dificuldade ou sofrimento?

C.S. Lewis, o autor do nosso querido clássico “As Crônicas de Nárnia”, tem uma frase muito conhecida que diz que “o sofrimento é o megafone de Deus”. Porque é nestes momentos que a voz Dele parece mais alta e clara para nós. 

Na Educação por Princípios, uma das definições do princípio do caráter diz que nós somos moldados à imagem de Jesus por meio da pressão e do conflito.

Mas é aí que nasce o problema. Porque nossa cultura apregoa a fuga do sofrimento. Não suportamos sofrer e, de forma geral, não suportamos ver alguém sofrer.

E então nasce o segundo problema: como vamos forjar no caráter das crianças a Fortaleza, se tudo em nós diz que devemos evitar que elas sofram qualquer pressão, conflito ou dor?

Não existe crescimento sem dor. Mesmo os estudos exigem certo sofrimento, como temos dito tanto nosso curso “A educação do caráter e os estudos”. A questão é que se tornar uma pessoa forte começa com uma decisão. A decisão de não evitar os sofrimentos, problemas e conflitos, mas olhar para eles como uma oportunidade de sair mais forte, mais sábio e mais experiente para ajudar aos outros e cumprir sua missão no mundo.

Então a dica de hoje na verdade é um desafio de pensar em uma frase que resuma sua resolução de não criar expectativas de uma vida fácil. Ao contrário, decidir aceitar que viver é lidar com momentos felizes mas também com os problemas e dores que nos farão crescer – e que precisamos permitir que as crianças também passem por seus problemas e dificuldades se realmente esperamos que elas cresçam fortes e valorosas para ser luz no mundo e servir aos outros e a Deus.

Nos vemos em breve,

Katarine Jordão

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