“A princesinha”, de Frances H. Burnett – livros para leitura em voz alta

Aqui está um livro que acabou sendo totalmente diferente do que eu esperava – e com uma história que me deixou encantada!

Talvez você já tenha assistido ao filme que conta essa história (creio que os três livros que eu tenho dessa autora já viraram filme). Nesse caso você não vai se surpreender tanto quanto eu, que pensava se tratar de uma história de alguma princesa mesmo.

Demorei ANOS para ler esse livro, embora já esteja na nossa lista de livros para leitura em voz alta há muito tempo, na seção “Livros que pessoas confiáveis recomendam, mas eu ainda não li”.

“E se eu perdesse tudo? Será que, contudo, ainda me alegria em Deus?”

Esse verso da música “E se?”, do Stenio Marcius, sempre me vem à mente quando penso outra vez nessa história.

Já antecipando um pouco – não é necessariamente um spoiler, mas uma sinopse -, creio que essa foi uma das coisas que mais mexeu comigo nessa história: será que uma pessoa alegre e gentil continuaria sendo assim se perdesse tudo o que tem?

De que se trata a história?

Sara Crewe é uma menina de sete anos no começo do livro e que já não tem mais sua mãe, apenas o pai. Apaixonada por livros e incrivelmente interessada em aprender, parece diferente das demais crianças da sua idade. E tem uma característica que me tocou o coração: uma imaginação nutrida com as mais belas histórias, capaz de ajudá-la a lidar com vários tipos de adversidades que passou a enfrentar quando foi para um colégio interno em Londres.

Publicado pela primeira vez em 1905, o livro conta tudo o que acontecerá com a pequena menina a partir desse momento, por vezes provocando sorrisos, lágrimas, ou profundas reflexões.

Qual a melhor edição?

No caso deste livro só conheço, até o momento uma edição, que é o livro que eu tenho.

Minha edição tem tradução de Marcos Maffei, publicada pela Editora 34. Escolhi essa porque gosto do cuidado que essa editora tem com o texto, e gostei bastante, embora alguém já tenha me dito que achou a fonte pequena. No meu caso não tive problemas para ler nesse tamanho.

A linguagem tem um nível que gosto bastante, por não usar um padrão de linguagem popular. Como explico no ebook e no curso Leitura em Voz Alta, essas adaptações que tentam usar uma linguagem mais coloquial e termos do dia a dia, acabam por diminuir a beleza da história, além de não oferecer aos leitores a possibilidade e elevar sua própria linguagem e seu pensamento.

Para qual idade é recomendado?

Sempre digo a vocês que o mais importante é o nível em que a criança está, não a idade, porque uma criança de 6 anos que já está acostumada com leitura em voz alta de livros em capítulos terá muito mais facilidade para entender e apreciar a história do que uma criança de 9 que ainda não tem acesso a livros clássicos.

O nível da linguagem é intermediário, então é bom para crianças que já passaram por histórias como Pinóquio, ou O mágico de Oz, que têm uma linguagem mais simples.

Uma ideia que sempre indico é usar como referência a idade dos protagonistas. No caso, de seis ou sete anos para cima, considerando a idade da pequena Sara Crewe.

Que virtudes a história trabalha?

Como todos os clássicos, é possível encontrar e conversar sobre várias virtudes. Mas as que mais sobressaem nessa história certamente são a Fortaleza, a Criatividade, a Bondade, a Gratidão e o Serviço. (Conheça aqui o significa de cada virtude que trabalhamos no Programa Valores e Virtudes).

Onde posso encontrar esse livro?

Como se trata de um clássico, geralmente é fácil encontrar nas grandes livrarias, embora não necessariamente nessa edição que indiquei aqui.

Caso queira adquirir pela Amazon, ao clicar no link abaixo você adquire pelo valor normal mas nós recebemos uma pequena comissão, o que nos ajuda a continuar trabalhando para encontrar e indicar livros bons e edificantes para as crianças, em meio a tantas mensagens ruins que estão disponíveis hoje.

Você já leu esse livro para suas crianças? Como foi? Nos conte abaixo, nos comentários.

Um abraço,

Katarine

Livro “A princesinha”, de Frances H. Burnett

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