Hoje eu queria falar com vocês sobre uma questão que me parte o coração: a formação da identidade das nossas meninas. Eu me preocupo quanto aos meninos também, mas hoje vi algo que me deixou com lágrimas nos olhos e resolvi dar uma pausa no trabalho para falar aqui.

Na verdade não foi “nada demais”. Eu vi uma mocinha (que eu conheci quando era criança) compartilhando a foto de uma atriz jovenzinha que eu não lembrava de onde conhecia e fui olhar. E fiquei vendo quantas das meninas inocentes que conheci hoje seguem os perfis de influenciadoras como essa – e curtem fotos em que elas aparecem seminuas em poses sensuais.

Talvez vocês pensem que é exagero de minha parte ficar triste por isso, mas eu penso em quem são as pessoas que nossas meninas admiram; que atitudes elas acham bonito ver e quanto tudo isso está moldando suas identidades: o que elas gostariam de ser e fazer para se sentirem realizadas.

Eu vejo hoje aquelas meninas imitando poses e gestos quando fazem fotos e penso: O que vai ser dessa menina? Sonhamos formar uma mulher forte e cheia de sabedoria e graça, mas se seus exemplos são jovens rebeldes e sensuais, quem ela será? Que princípios estamos arraigando em seu coração durante toda a vida para que ela queira ser quem ela foi criada para ser e não uma cópia dessas artistas populares e vazias?

Vou dizer a vocês. Vejo muitas pessoas preocupadas com as influências que os filhos recebem na escola. Mas percebo que muitas famílias já entregaram seus filhos às más influências muito antes, simplesmente deixando de nutrir seus corações diariamente com a Verdade.

E talvez nossa luta não seja luxuosa nem popular. Talvez seja só o esforço de, dia após dia, trazê-los para perto, ensinar a orar, ensinar a amar a Deus e aos seus princípios, ensiná-los a colocar em prática em seu dia a dia essas virtudes.

Para que as crianças se percam quando chegam à adolescência não precisamos fazer nada de especial. É só não fazer nada.